A Iniciativa de Bioeconomia do G20 reúne representantes internacionais para discutir soluções sustentáveis que equilibrem a conservação das florestas e o desenvolvimento económico. As discussões destacam o papel crucial desempenhado pela região amazônica e a participação das comunidades locais nesse processo.
A importância de preservar as florestas para o desenvolvimento econômico e enfrentar os impactos da crise climática dominou as discussões no início da reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, nesta segunda-feira (17), em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas. Representantes dos estados membros do Fórum, organizações internacionais e governos nacionais colaboraram para criar um quadro de ação sobre este tema.
Segundo Karina Pimienta, ministra da Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente, as discussões são importantes para facilitar o processo de identificação de alternativas para o uso sustentável da floresta. Pimienta ressaltou que, por terem sido historicamente protegidas por povos e comunidades tradicionais, essas áreas deveriam estar no centro das discussões sobre alternativas econômicas e sustentáveis. “Algumas das inovações que estamos a discutir no G20 são cruciais para que os países tropicais, florestais e altamente diversos beneficiem da bioeconomia do futuro”, afirmou ela.
“O debate sobre a bioeconomia no Brasil é movido pela busca de respostas na Amazônia e pela necessidade de uma economia que utilize nosso capital natural de forma sustentável, com alternativas práticas que preservem e regenerem os biomas – incluindo a Amazônia. Essas questões também devem ser abordadas. na vanguarda”, acrescentou ela.
Compromisso dos países desenvolvidos
“Embora uma floresta queimada ou derrubada gere perdas, uma floresta salva traz benefícios para todo o mundo. Os países desenvolvidos também devem cumprir suas obrigações de fornecer os recursos necessários para preservar as florestas tropicais em todo o mundo”, disse o secretário Rodrigo Rolemberg. Economia Verde no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, destacando o papel estratégico do país na redução das emissões de carbono em todo o mundo.
“O Brasil tem um perfil de emissões diferente do resto do mundo. Hoje, a maior parte das nossas emissões vem do desmatamento. [the main actions] Rolemberg disse que a responsabilidade de reduzir as emissões seria eliminar o desmatamento ilegal e os projetos de restauração e reflorestamento em grande escala.
Amazon está no centro dos debates globais
O Governador do Estado, Wilson Lima, destacou a importância de trazer discussões globais para a região e ressaltou a importância de incluir as perspectivas da população local. “Temos uma grande oportunidade para aqueles que vivem na Amazônia contarem a história da Amazônia do seu ponto de vista”, disse o governador, enfatizando o papel vital da região no equilíbrio do clima global.
Lima destacou que embora a região não seja a principal causa das mudanças climáticas no mundo, o povo da Amazônia está interessado em contribuir para encontrar soluções. Ele também ressaltou a importância estratégica da Amazônia na regulação das chuvas e no armazenamento de enormes quantidades de dióxido de carbono. “A bioeconomia é uma forma segura de darmos oportunidades às nossas populações”, disse Lima, sublinhando a importância de alinhar as agendas ambientais globais com as realidades locais para alcançar o desenvolvimento sustentável.
Matías Cardomingo, do Ministério da Fazenda, e Leandro Pedron, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também participaram da cerimônia de abertura.
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