Crédito: Filipe Lavra
Enquanto o Brasil se reconstrói como uma grande potência de produção na América Latina, a gigante alemã do cinema e da TV Beta Film deu seu primeiro passo fora da Europa, apoiando o Janeiro Studios, com sede no Rio e liderado pelo ex-executivo da Beta Film Kobe Gal-Raday e presidente do festival do Rio Ilda Santiago.
O quarto parceiro será a MyMama Entertainment, afiliada da produtora brasileira Mayra Faour Awad.
Gal Raday atuará como CEO de Santiago como Diretora Geral.
O lançamento dos ‘Estúdios’ traz para o Brasil o cinema e a televisão em seu primeiro fluxo pleno de crescimento, apoiado por financiamento público, e é muito provável que haja mais a caminho.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, revelou planos no Quanta Studios, no Rio, na semana passada, para investir 1,6 bilhão de reais (US$ 295 milhões) em filmes e séries brasileiras em 2025. O setor já recebe US$ 516 milhões em financiamento da Lei Paulo Gustavo, em medida Em Verde antes de Lula chegar ao poder.
A Janeiro Studios enfrenta de frente o maior desafio do Brasil como potência do cinema e da televisão. Dois autores famosos – Karim Aïnouz e Kleber Mendonça Filho – participaram duas vezes da competição principal do Festival de Cannes e foram lançados em cinemas do exterior.
No entanto, como indústria, o Brasil tem sido incapaz de exportar mais programas comerciais além da transmissão global.
Beta Film, a empresa sediada em Munique por trás de “Babylon Berlin” e “The Swarm”, é sinônimo de títulos ambiciosos e de ação.
“Depois de expandir a nossa rede de parceiros e subsidiárias em toda a Europa, estamos prontos para nos deslocarmos para o estrangeiro”, disse Jan Motjo, presidente da Beta Film. “Juntamente com Koby, Ilda e MyMama Entertainment, queremos explorar novas oportunidades e modelos de negócios no Brasil e na América do Sul e criar programas para o mundo.”
O Janeiro Studios se concentrará em séries e longas-metragens premium do Brasil e da América Latina, bem como em projetos internacionais de alto nível de talentos de alto nível, anunciaram os parceiros em 27 de junho. A Beta Film poderia proporcionar aos estúdios de Janeiro uma exposição internacional que a maioria dos brasileiros não consegue. Faltam empresas.
“Neste mercado global desafiador, eu realmente acredito que a América do Sul e o Brasil estão no momento certo para apoiar o trabalho de cineastas locais emergentes e distintos, conectar talentos internacionais para criar dentro dessas indústrias locais emocionantes e explorar modelos inovadores de colaboração e co- produção, criando local e internacionalmente”, disse Gal Raday.
Os parceiros parecem prontos para implementar projetos de escala e ambição que as empresas brasileiras só começaram a enfrentar nos primeiros anos. ‘Senna’, da Netflix, estreia ainda este ano; A Ventre Studios anunciou no início desta semana o épico em mar aberto de Carlos Saldanha, “100 Dias”.
“Essa nova conexão internacional abre novas portas para o Brasil e para a nossa indústria, além de acolher histórias e talentos do exterior para explorar o potencial brasileiro”, disse Santiago.
“Na minha experiência, tanto no Brasil quanto no exterior, é hora de construir pontes e desenvolver produções maiores. O Brasil está pronto para expandir suas fronteiras criativas e comerciais, e o mercado internacional espera isso de nós agora”, acrescentou Faour Awad.
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