A transição energética representa um desafio para as relações Brasil-China

Representantes do Brasil e da China, juntamente com líderes empresariais, reuniram-se em São Paulo na segunda-feira para comemorar o 50º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países. O evento foi organizado pelo Conselho Empresarial China-Brasil (CEBC), uma organização bilateral sem fins lucrativos. decidiu Em 2004, para melhorar o diálogo entre os dois países.

Em seu discurso de abertura, o Diretor do China Trade Center, Luis Augusto de Castro Neves, embaixador do Brasil na China de 2004 a 2008, destacou as fortes relações comerciais entre o Brasil e a China. Ele observou que o comércio bilateral atingiu um máximo histórico de mais de 1,5 mil milhões de dólares em 2012. 157 bilhões de dólares americanos Em 2023.

O Brasil está entre os dez países que mais atraem investimentos chineses em todo o mundo, com as exportações brasileiras para a China atingindo US$ 104 bilhões no ano passado – um recorde histórico e o quarto recorde anual consecutivo de exportações brasileiras para um único país.

No primeiro semestre de 2024, as exportações brasileiras para a China se aproximaram 52 bilhões de dólares americanos. Nesse período, a gigante China respondeu por 31% das exportações brasileiras e 28% do comércio total. Em comparação, os Estados Unidos representaram 11% e 13%, respectivamente.

“A China continua a ser a principal razão por trás do superávit comercial do Brasil”, disse Castro Neves.

Castro Neves destacou a importância de os dois países investirem na transição energética e descreveu a sustentabilidade como um dos maiores desafios que o Brasil e a China enfrentam na “nova era” da parceria.

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Ele destacou o crescente interesse da China no mercado de veículos elétricos do Brasil e sua crescente presença em hidrogênio verde, biocombustíveis e energia solar. “O Brasil tem vantagens comparativas que podem atrair projetos chineses relacionados à descarbonização”, disse.

O Embaixador da China no Brasil, Zhou Qingqiao, também falou no evento, observando que as relações Brasil-China “resistiram a mudanças circunstanciais globais” ao longo dos anos, em grande parte devido aos esforços mútuos. Durante a administração anterior de Jair Bolsonaro (2019-2022), as relações foram tensas devido às declarações anti-China do ex-presidente e de membros do seu gabinete.

“As vendas de produtos brasileiros para a China – como café, nozes e sucos de frutas – aumentaram significativamente”, disse Zhu. “Nos últimos cinco anos, o número de máquinas brasileiras que chegam à China também dobrou. proporciona mais de 70 mil empregos diretos no Brasil. Mais de 250 empresas operam em todo o país.”

Ele ressaltou que o setor empresarial é a “espinha dorsal” das relações sino-brasileiras e convidou os empresários a visitarem o gigante asiático para conhecerem sua cadeia produtiva.

Mas Zhu alertou que as relações comerciais entre os dois países estão “numa fase de modernização” e apelou a uma cooperação mais profunda em ciência, inovação, inteligência artificial, saúde e energia.

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