Betânia, Cidade; Campo, mais de 80 filmes e projetos

A indústria cinematográfica brasileira chega a Berlim com uma nova etapa em sua jornada, com a participação de 46 produtoras e mais de 80 filmes e projetos, segundo a organização promotora Cinema do Brasil, liderada pelo presidente Andre Sturm e pela diretora Maria Marta.

Está agora em processo de obtenção de parte do financiamento para o Fundo Paulo Gustavo Lu do Brasil, que está a injectar 2,8 mil milhões de rúpias (571,1 milhões de dólares) no sector audiovisual do Brasil, desde estados ricos como São Paulo até locadoras de vídeo em pequenas cidades.

Enquanto isso, as receitas de bilheteria no Brasil estão começando a retornar aos níveis anteriores à Covid-19, com a recuperação das indústrias regionais no nordeste e no sul do país.

Em Berlim, a agência paulista de cinema e TV Spcine, que tem trabalhado em estreita colaboração com o Cinema do Brasil nos últimos anos, está envolvida em uma série de atividades, incluindo a AfroBerlin, que visa promover a cooperação Brasil-África, a coprodução da EFM market e o Toolbox, programa focado em diversidade e inclusão, afirma Luiz Toledo, diretor de investimentos e parcerias estratégicas da Spcine.

“Betânia”, filme de Marcelo Botta sobre uma comunidade do Norte do Brasil, faz estreia mundial no Panorama; As histórias gêmeas de imigração de Juliana Rojas, “Cidade; Campo”, estão expostas na Encounters.

“Estamos entusiasmados por retornar à Berlinale após uma ausência de dois anos”, disse Simón Oliveira, presidente da Globo Filmes, que coproduziu a série “Cidade Campo”, enquanto sua controladora Globo participa da Berlinale com a Berlinale; série “Living on Razor’s.”, série de TV da plataforma de streaming Globoplay.

“A maior parte das nossas delegações vem de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas receberemos também empresas do Sul (por exemplo, Okna, Graffo Audio Visual) e do Nordeste (Moçambique, Debreton Films, Aroma Films).”

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Os setores audiovisuais do Brasil já têm o que comemorar. A Lei Paulo Gustavo, aprovada pelo Congresso brasileiro no final de 2022, independentemente de Jair Bolsonaro, é a maior quantia já alocada para este setor.

As participações de tela, que estão adormecidas há alguns anos, devem impulsionar até abril o cinema nacional, que, segundo Oliveira, estava em 1% em janeiro de 2023, mas saltou para 33% em janeiro deste ano, graças aos filmes “Minha Irmã e Eu” e “Nossa Casa 2” apoiados pela Globo Filmes e “Killer Mamonas – O Filme”, que registrou mais de três milhões de inscritos.

“Estamos determinados a trazer as pessoas de volta aos cinemas e reviver o sistema de distribuição tradicional que começa com os lançamentos nos cinemas”, diz ela, acrescentando que os gastos da Globo com vendas e gestão excedem os dos estúdios de Hollywood no Brasil.

“Uma série de novos filmes promissores serão lançados em 2024, incluindo potenciais sucessos de bilheteria, como ‘Os Farofeiros 2’, de Roberto Santucci, ‘Tô de Graça’, de César Rodriguez e ‘O Auto da Compadecida 2’, de Guel Arraes e Flávia Lacerda; filmes de arte de alto nível de Walter Salles (“Ainda estou aqui”), Andrucha Waddington (“Vitória”) e Arrais (“Grande Sertão”, “Veredas”), entre outros”, diz Leonardo M. Sócio da Conspiração Filmes.

“Espero que esses filmes e outros contribuam para mover a participação do Brasil no mercado de cinema tradicional dos baixos 15% para 17%, para uma faixa mais saudável de 25% a 30%”, acrescenta.

Também estão sendo discutidas cotas de produção local para plataformas de streaming, que atualmente dominam o mercado audiovisual no Brasil. A indústria também espera um incentivo para rodar filmes em todo o país, que hoje só o Rio e São Paulo oferecem. A empresa de consultoria Olsberg.SPI está preparando um estudo sobre o impacto de tal incentivo, disse Steve Solot, sócio do Rio. “Normalmente leva quatro meses e provavelmente estará pronto em inglês e português em março”, diz Solot.

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“Todos estão pressionando por isso, inclusive o escritório de turismo e os ministérios da indústria e da cultura”, disse Toledo. Ele acrescentou que incentivos de descontos à vista entre 20% e 30% em São Paulo complementariam esses incentivos.

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