Brasil, Rio Grande do Sul | Inundações – Atualização da Operação DREF nº 1 (MDRBR011) – Brasil

Anexos

Analise da situação

Descrição da crise

Fortes chuvas atingiram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul entre 29 de abril e 4 de maio, causando o pior desastre climático de sua história. Mais de 1.000 milímetros de chuva foram registrados durante este período, causando inundações, deslizamentos de terra e deslizamentos de terra. Segundo a Defesa Civil brasileira, até 10 de junho de 2024, 478 municípios (de 496) foram afetados. No dia 13 de maio, o governo do estado declarou estado de calamidade em todo o Rio Grande do Sul, com 46 cidades listadas em calamidade geral e 320 em estado de emergência. As chuvas afectaram um total de 2.398.255 pessoas, com 806 infecções notificadas e 175 mortes confirmadas. A catástrofe deslocou 422.753 pessoas, das quais 16.128 viviam em abrigos temporários durante o mês passado.

Durante o período do relatório, os níveis da água diminuíram e várias áreas do estado tornaram-se acessíveis para assistência humanitária. Em muitas zonas, os residentes afectados estavam a limpar as suas casas e as ruas estavam cheias de utensílios domésticos perdidos devido às cheias, criando o risco de propagação de doenças transmitidas por vectores e pela água. Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 19 de junho foram confirmados 21 óbitos por leptospirose, sendo 363 casos confirmados e 5.501 casos suspeitos4. De 26/04 a 20/06, foram registradas 151 notificações oficiais na região do Rio Grande do Sul de pessoas com diarreia aguda.

No dia 16 de junho, a Defesa Civil brasileira emitiu novo alerta para enchentes e chuvas fortes em grande parte do estado – entre os dias 16 e 17 de junho, as chuvas atingiram 30 mm em 24 horas. Na maior parte do estado, algumas áreas atingiram 60 mm. Na noite de 16 de junho, a Defesa Civil brasileira emitiu um novo alerta de enchentes para os rios Cay, Cadia e Sinos, alertando os cidadãos para evacuarem suas casas. Esta organização expôs a maior parte das bacias hidrográficas do estado ao risco de a água subir acima dos níveis de inundação. Meteorologistas afirmam que as tempestades no Rio Grande do Sul são causadas por pelo menos três fenômenos regionais, agravados pelas mudanças climáticas. A situação no Rio Grande do Sul piorou a partir de 14 de junho, com previsão de até 120 mm de chuva nas áreas de Misús e Centro y Noroest, e até 75 mm em Porto Alegre, a área urbana.

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Em 16 de junho de 2024, a Barragem dos Bugres, em São Francisco de Paula, ainda corria risco de rompimento, necessitando de medidas urgentes de preservação de vidas. Além disso, duas outras barragens estavam em estado de alerta, necessitando de medidas urgentes para evitar o rompimento, e seis barragens estavam em estado de “atenção”, necessitando de reparos e monitoramento.

Além da devastação e das perdas humanas, as inundações no Rio Grande do Sul tiveram graves impactos sociais e económicos, com famílias também perdendo os seus meios de subsistência, colheitas e gado. Como prova, um índice governamental divulgado em 11 de junho informou que a área urbana de Porto Alegre registrou o dobro da taxa de inflação do resto do país, com um aumento acentuado nos preços dos alimentos de 250%.

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