SÃO PAULO (Reuters) – Os preços ao consumidor no Brasil subiram menos do que o esperado no mês até meados de junho, apesar das pressões inflacionárias de alimentos, mostraram dados da agência de estatísticas brasileira nesta quarta-feira.
A taxa de inflação na maior economia da América Latina, segundo o índice IPCA-15, foi de 0,39% nesse período, uma desaceleração em relação aos 0,44% registrados no mês anterior.
Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento mensal nos preços ao consumidor de 0,45%.
O grupo de alimentos e bebidas foi o principal impulsionador, com os preços subindo 0,98%, ante 0,26% no mês anterior.
O banco central do Brasil interrompeu por unanimidade seu ciclo de flexibilização na semana passada, mantendo sua taxa básica de juros em 10,50% em meio a expectativas de inflação mais alta, dificuldades financeiras e expectativas de futuros cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve dos EUA.
A leitura “não mudará a imagem de que o ciclo de flexibilização do banco central terminou – pelo menos neste ano”, disse William Jackson, economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics, em nota aos clientes.
“Com a probabilidade de a inflação global subir ainda mais nos próximos meses, o rial ainda sob pressão e sem fim à vista para a saga fiscal do governo, não vemos espaço para quaisquer novos cortes nas taxas de juro durante o resto deste ano.”
A taxa de inflação anual do Brasil atingiu 4,06% na primeira quinzena de junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ante expectativas de 4,12%.
Os economistas do sector privado, cujas opiniões o Banco Central consulta semanalmente, acreditam que as taxas de juro permanecerão estáveis até 2024 e que cairão para 9,5% até ao final de 2025.
“Ávido fanático pela internet. Futuro ídolo adolescente. Perito sem remorso em café. Comunicador. Pioneiro de viagens. Geek zumbi freelance.”