Meta enfrenta multa de US$ 3,6 milhões no Brasil por permitir anúncios falsos da Havan

SÃO PAULO – A Meta Platforms enfrenta uma multa de até US$ 3,62 milhões após perder uma ação movida pela rede brasileira de lojas de departamentos Havane, que acusou a empresa de mídia social de aceitar anúncios pagos que usavam fraudulentamente o nome da empresa para enganar os consumidores.

Um juiz do estado de Santa Catarina determinou nesta segunda-feira que a Meta tem 48 horas para bloquear anúncios que não sejam contratados pela Havan e que façam menção a ela ou ao seu dono bilionário, Luciano Hang. Caso a Meta não cumpra, as multas poderão chegar a R$ 20 milhões.

Na sua decisão, a juíza Joana Ribeiro disse que era inaceitável que a Meta vendesse anúncios de forma insegura para apoiar o seu modelo de negócio.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Havan classificou a decisão como um “marco” na proteção dos direitos da empresa e de Hang.

A Meta não quis comentar a decisão e a empresa pode recorrer da decisão.

Na ação, a Havan afirmou que a Meta lucrou com publicidade ilegal sem assumir responsabilidade ou verificar sua legitimidade, o que levou as vítimas da fraude a processar a varejista.

No início deste ano, o serviço de verificação de fatos da Reuters no Brasil verificou três anúncios falsos da Havan nas plataformas Meta que usavam a imagem de Hang. Todos mostraram sinais de uso de inteligência artificial para imitar a voz de um empresário.

Anúncios fraudulentos levaram as vítimas a pagar por produtos inexistentes.

($ 1 = 5,5209 riais)

(Roteiro de Bernardo Barbosa, edição de Richard Chang)

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